Comecemos então pelo mais visível.
A dobradiça do capô. Este é
um local de excelência para o aparecimento de
ferrugem. A água e humidade acumulam-se na ranhura,
não tendo possibilidade de se escoar, criando
condições propícias ao desenvolvimento
de corrosão. Única solução
é a completa substituição do painel
que contém a dobradiça. Uma forma de detectar
a existência de problemas é verificar o
"desenho" da dobradiça, ou seja a existência
da ranhura. Em muitos casos a corrosão é
disfarçada, cobrindo esta ranhura com massa.
Uma forma de evitar a corrosão é, numa
dobradiça sã, aplicar um fio de "mastique"
ou silicone, que evite a acumulação de
água.
Subindo um pouquinho encontramos a cobertura da
grelha de ventilação. Corrosão
neste componente salta logo à vista, não
sendo muito agradável à vista. Resolver
o problema é um pouco complicado, no entanto
a substituição deste painel é simples.
Outro problema que se coloca muitas vezes é a
infiltração de água por cima da
borracha utilizada como dobradiça. Mais uma vez
pode-se aplicar "mastique" ou silicone em
todo o seu redor.
Continuando o movimento ascendente encontramos a zona
do pára-brisas. Para uma análise desta
zona é necessário levantar os cantos da
borracha de suporte do vidro. É também
uma zona de acumulação de água,
sendo delicada a sua reparação. Mais uma
vez a medida preventiva é um bom isolamento,
tentando "colar" o melhor possível
a borracha à chapa.
Chegando ao topo encontramos a zona de suporte da
capota. Devido a capotas danificadas e tardiamente
reparadas os tubos quadrados que formam esta secção
podem ser corroídos.
Um pouco mais atrás pode-se encontrar um local
que pode funcionar como indicador do estado geral do
veículo. Estamos a falar do local de união
no seguimento do pilar central. Caso esta união
esteja livre de ferrugem, tal não significa que
outras partes não estejam já atacadas,
no entanto se este local apresentar ferrugem o melhor
é desistir do carro.
Podemos passar à zona da porta da frente.
É normal haver corrosão na zona inferior
do vidro, mais precisamente no local do fecho
do vidro. Outro local susceptível de potenciar
a corrosão é a zona envolvente ao suporte
do espelho retrovisor.
Descendo um pouco podemos analisar a longarina lateral
da carroçaria. É muito frequente a
quebra da união desta longarina com o pilar vertical,
por baixo das dobradiças da porta dianteira.
Este efeito também pode ser presenciado na traseira,
no outro extremo da longarina. A meio da longarina também
se encontra um ponto sensível, a união
com o pilar central. Deve inspeccionar-se especialmente
a longarina do lado do acompanhante pois é a
mais exposta às poças e à água
das bermas.
No seguimento da longarina deve analisar-se a zona
de aperto do pára lamas dianteiro ao corpo
da carroçaria.
|